A minha Realidade Aumentada

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Artigo de opinião de Luís Martins - Head of Marketing da IT People Innovation, a empresa pioneira da Realidade Aumentada para Empresas.

A minha relação com a Internet evoluiu  ao longo do tempo. Talvez porque a fui domesticando ao longo do tempo. Primeiro sentava-me diante de estações de trabalho, interagindo com ela através de monitor, teclado e rato; depois comecei a transportá-la em pens, que se ligavam a laptops, que mais tarde se transformaram em tablets e smartphones que transporto no bolso. Cada vez mais, a Internet deixa de ser um espaço onde vou para ser algo que tenho e que posso usar. A Internet é hoje um compromisso para a vida – e tenho quase a certeza que sente o mesmo. Mas pressinto que ela quer mais. Qual o próximo passo da nossa relação?

 

Vestir a tecnologia: Realidade Virtual (RV), Realidade Aumentada (RA) e Mixed Reality

Vou deixar de transportar a tecnologia no bolso para vestir a tecnologia. O nosso interface vai passar de um ecrã táctil para a projeção no mundo real de objetos virtuais, nos quais vou conseguir interagir, mexer e sentir. Esta é a transformação que a Realidade Virtual (RV), Realidade Aumentada (RA) e Mixed Reality (MR) já estão a trazer.

Estas Realidades observam-se em HMD - Head Mounted Displays, vulgarmente referidos como óculos de RA/RV ou smartglasses -  mas como é atualmente cara e complexa, muitos dos consumidores e organizações ainda não realizaram o investimento necessário para começarem a transformar as suas vidas. Para além disso, HMDs como o Microsoft Hololens ou o Oculus Rift implicam a utilização de hardware pesado, hardware que não é portátil e que dificulta a percepção desse mix de objetos reais e virtuais.

 

Tecnologia miniaturizada – que transformações?

O aparecimento dos Snapchat Spectacles é o primeiro sinal que o futuro trará tecnologia miniaturizada, que vai permitir a visão indiferenciada entre objetos reais e virtuais. Ou seja, deixaremos de estar sentados, a observar conteúdo nos ecrãs e passaremos a estar rodeados, imersos nestes conteúdos e eles poderão acompanhar-nos sempre que quisermos – provavelmente, sempre.

E quando acontecerá isto? Os especialistas da AREA – Augmented Reality for Enterprise Applications – apontam-nos 2025 como um ano onde podemos atingir um bilião de dispositivos com Realidade Aumentada integrada.

Ir às compras não será a mesma experiência. Poderemos ver informação adicional sobre cada produto a flutuar ao lado dele, avatares e hologramas a guiarem-nos às novas coleções de roupa ou pequenos showrooms de mobiliário que se adaptam aos nossos gostos.

As organizações também mudarão, com técnicos especializados a visualizarem passo a passo como se deve realizar cada tarefa em segurança, cirurgiões com o apoio de informação adicional no seu campo de visão, advogados com a oportunidade de aceder em tempo real aos argumentos necessários para a defesa do seu representado.

As Redes Sociais passarão do paradigma do “vê o que eu vi” para “vê como eu vi”.

No final, este impacto vai alterar o nosso modo de vida e a nossa civilização, tal como a concebemos. Sim, é uma revolução!

 

O papel da Inteligência Artificial

Se a parte mais visível desta revolução é a Realidade Aumentada, o segredo do seu potencial sucesso está na melhor aplicação de Inteligência Artificial (AI).

A capacidade de identificar rapidamente a imagem do nosso animal de estimação, de indicar à Siri os nossos gostos e ela aprender com eles vai permitir que a AI comece a intervir ativamente na escolha dos objetos virtuais no nosso campo de visão.

À medida que a tecnologia de suporte a aplicações de Big Data se desenvolvem, mais e mais comum se torna a presença de AI na nossa vida.

Os Smartglasses são ótimos para misturar a Realidade física e a Virtual, mas no fim será a AI a dizer-me o que eu quero, onde quero e até mesmo quando eu já não quero algo. Tudo, mesmo tudo, vai mudar e de uma forma esmagadora. Mas como escreveu William Gibson no Neuromancer  “O Mundo não muda. O Mundo é o Mundo. ” A nossa visão dele é que está em constante mutação. E não podemos esquecer que a nossa primeira relação e compromisso é com ele.

 

Se estes são temas que lhe interessam, venha ao Business Transformation Summit, no dia 17 de outubro. Participe no Transformation Lab que vou dinamizar: “Augment your reality - Como tirar partido da Realidade Aumentada?”.

 

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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