HR Marketing: um casamento estratégico!

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach
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A Gestão de Pessoas foi das áreas que mais evoluiu nas organizações nesta última década, mas terão os profissionais acompanhado esta evolução, dotando-se das competências adequadas? As empresas abraçaram a mudança e é, hoje, cada vez mais comum ver profissionais de Employer Branding, mas onde e como adquiriram os mesmos o know-how necessário? Quais as principais responsabilidades destes profissionais? HR e Marketing juntos - será um bom casamento? Leia o texto e fique a saber.

 

HR Marketing

 

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A Gestão de Pessoas foi das áreas que mais evoluiu nas organizações nesta última década, mas terão os profissionais acompanhado esta evolução, dotando-se das competências adequadas?

As empresas abraçaram a mudança e é, hoje, cada vez mais comum ver profissionais de Employer Branding, mas onde e como adquiriram os mesmos o know-how necessário?

Se efetuarmos uma pesquisa pela oferta formativa (superior ou outra) disponível em Portugal, verificamos que nenhuma contempla uma única cadeira de Employee Advocacy, Social Recruitment, SEO, SMM, Website Management, de entre outras áreas que um HR Marketer deve ser especialista.

 

Profissional de HR Marketing

Podemos então assumir que um profissional que trabalhe ou queira trabalhar em HR Marketing em Portugal nos dias de hoje necessite de tirar uma graduação em RH/MKT e um complemento no seu oposto MKT/RH. Mesmo assim, o conhecimento adquirido não será perfeito, pois nenhuma dessas formações terá o foco necessário no que realmente é relevante para as atividades dessa função. Existirá a noção de cultura e como avaliar o clima de uma organização, significando que se consegue diagnosticar onde estamos e provavelmente também conseguimos saber onde queremos estar, mas certamente não saberemos o que fazer para chegar lá. Como gerir o employee engagement? Como criar programas de employee advocacy? Que métricas devem ser monitorizadas após a implementação?

 

Responsabilidades do HR Marketer

Os HR Marketers têm 3 grandes responsabilidades: Atração, Retenção e Motivação. São as mesmas responsabilidades de qualquer profissional de Gestão de Pessoas com uma ligeira diferença, o foco é agora uma força de trabalho mundial decorrente da emergência da tecnologia e das redes sociais.

  • Atração

O processo de Atracção mudou tanto que é hoje comum existir agências de recrutamento em Esposende (Portugal) a recrutar para a India, Suécia ou qualquer outra parte do mundo. O novo standard é o digital e milhares de perfis são analisados a cada minuto.

  • Retenção

A Retenção foi elevado a processo obrigatório nas empresas, sendo visto como crítico na “guerra pelo talento”. Cada colaborador é alvo de um investimento avultado ao nível da sua formação com o intuito de maximizar o seu potencial. O HR Marketer tem de ser capaz de avaliar o potencial e a performance, o clima e a cultura e desenhar benefícios e programas de engagement ajustados ao perfil individual de cada colaborador.

  • Motivação

A Motivação pode ser dividida em 2 áreas de intervenção, analítica e estratégica. A componente analítica depreende que conheçamos os drivers de cada colaborador: Pretende uma carreira internacional? Quer uma mudança de carreira? Procura um incremento salarial? São algumas das questões que devem estar mapeadas na organização. A componente estratégica é a capacidade necessária para implementar as soluções adequadas a cada colaborador. Localizar a oportunidade internacional adequada, sugerir uma alternativa de carreira ou contactar a gestão sugerindo um aumento.

 

Existe um fosso claro entre o que as organizações necessitam e a oferta formativa existente. A solução para colmatar esse fosso não é simples dada a rapidez com que a sociedade está a modificar-se. A maioria dos professores das áreas de RH/MKT sentem-se desconfortáveis nestes tópicos, pois também não dispõem das competências necessárias para acompanhar uma realidade em mudança constante.

Diria que o pior do momento histórico que vivemos são os períodos de transição, um exemplo, será o CV ainda importante? Muitos dirão que sim, mas outros dirão que os perfis digitais são hoje mais informativos e que nem sequer olham para o CV.

Aqueles que, como eu, são apaixonados por esta área sabem que a aprendizagem é permanente, mas que a implementação e a mudança organizacional é bastante mais árdua.

E você, como vive este tópico?

 


 

Artigo traduzido do texto publicado no Linkedin.

Fonte da imagem: Entrepreneur

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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