7 reflexões para quando o Marketing Digital corre mal

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Diariamente ouvimos os benefícios do Marketing Digital, como pode alavancar um negócio, como pode ajudar a fazer chegar uma mensagem, que o ROI é muito efetivo. Eu próprio já postei sobre as vantagens deste braço armado do Marketing.

Mas e quando começamos a utilizar as armas, investimento, conteúdo e nada ou pouco acontece? O que fazer? Como é que foi acontecer? Que dúvidas e reflexões podemos retirar para que não deitemos tudo a perder?

 


 

1 – Comunicámos para as pessoas corretas?

Definimos as nossas personas? – pode parecer básico para alguns, mas no digital não basta ser “mais ou menos”. Ou o público gosta da nossa mensagem e consome, ou simplesmente “passa ao lado”. E passar ao lado vale 0. Identificámos mesmo bem o nosso tipo de mercado e de pessoa? Ela reagiu? Contactou?

 

2 – Pareto da venda (ah sempre o Pareto)

Vendemos na maior parte das vezes? Sim? Errado. Não o fizemos? Partilhámos? Ótimo. Tínhamos Call to Action? Não? Errado. Tínhamos. Ótimo. E para onde encaminhámos? Para o site principal? Venda outra vez?

Basicamente conseguimos dar algo que o nosso público valorizasse, mas que relacionasse connosco mas sem “vender”?

 

3 – Que canais utilizámos?

Há quem goste de ler revistas em papel. Tal como há quem goste de ler emails, de ver posts na Rede Social, de pesquisar no Google... utilizar os canais de forma consistente aumenta a probabilidade de captar interessados. Utilizámos os canais relevantes para o nosso público e de forma consistente? (um email de 6 em 6 meses não conta...)

 

4 – Demos tempo ao tempo?

Há quanto tempo começámos a “fazer” Marketing Digital? Um mês, 3 meses, 6 meses? Há resultados rápidos com a publicidade, mas antes de 6 meses pode ser cedo demais. Ah mas isto não era digital e fazer refresh? Não, como em tudo demora tempo. Quanto mais não seja porque o nosso potencial cliente pode gostar de um conteúdo, mas ao início tem pouco para apreciar e por isso não ganha confiança. Você compraria algo a alguém só porque lhe enviou um email ou apareceu no feed do Facebook?

 

5 – Investimos o suficiente?

É louvável julgar que o orgânico ou o gratuito vai levar a algum lado. E pode ser que aconteça, mas a probabilidade é bem inferior a 10%. Não há almoços de graça e apesar das ferramentas serem gratuitas ao início, para se atingirem resultados é preciso investir. Tempo, mas também dinheiro. Licenças, publicidade, design, para que a “bota bata com a perdigota” e para que cheguemos ao destino. Mesmo com 10.000 likes no Facebook pode correr o risco de chegar a 500/1000/1500 em cada post e nem toda a gente está disponível a consumir o conteúdo quando nós queremos.

 

6 – Medimos (o insucesso)?

Ui o que é isto? Exemplo prático: há muito, muito tempo estávamos bem posicionados em “estudos de satisfação” de forma orgânica. Centenas de visitantes a caírem no site. Nice! Errado. Eram estudantes à procura “daquele” conteúdo que lhes iria salvar a cadeira. Como sabemos? Analytics, questões, Landing Pages, áreas geográficas, concentração de tempo and so on and on.

 

7 – O nosso processo comercial é bom?

Ok, o contacto chegou. Não sendo uma loja online onde se fecha ali, há que trabalhá-lo. E como o fazemos? É fácil dar seguimento? O nosso discurso é coerente com o posicionamento online? Ou somos muito complicados e enviamos um PDF de 50 páginas, 5 reuniões, ou pior... não respondemos em tempo útil. O que é o tempo útil? Bem, quando coloca o seu contacto para ser contactado o que é um bom tempo para si? É o que deve aplicar também aos outros.

 


 

O Marketing Digital não é a salvação da humanidade.

Mas é a melhor alternativa em muitos negócios, para um investimento eficaz e controlado.

Mas não basta dizer que se faz, começar a fazer, e depois largar.

Lançar, ajustar, avaliar, melhorar. Ah, e falhar de quando em vez... algumas vezes vá.

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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