O sucesso da Transformação Digital nas empresas

Consultores Cegos

Transformação digita? A expressão surge em todas as reuniões de administração ... mas além da buzz word, a transformação digital abrange uma realidade mordaz que faz com que as empresas se questionem.
Em particular aquelas empresas que “nasceram” no século passado ... Uma transformação anunciada que promove medos e questiona toda a estrutura empresarial em profundidade. Para “empresas históricas”, é hora de dar sentido a esta transformação digital, tão promissora quanto assustadora.

Transformação Digital

Se os sites comerciais continuam a ser precursores e exemplos da digitalização, então, todas as atividades são afetadas por esta transformação digital. Nenhuma empresa irá escapar de um futuro onde pessoas e objetos estão interligados a qualquer momento, em qualquer lugar, com qualquer dispositivo bem ilustrado pelo acrónimo ATAWAD: (AnyTime, AnyWhere, AnyDevice).

Mesmo as atividades mais estáveis, na realidade deverão estar  comprometidas com a transformação digital. Na Medicina (tele-cirurgia), bem como agricultura (drones, tratores não manuseados por humanos), nos transportes (bilhetes eletrónicos, NFC)... e até mesmo nos restaurantes e hotéis - os exemplos não podiam ser mais "reais" - são impactados ou mesmo condicionados pelo digital. Através de plataformas de reservas online; comparadores; pedidos do consumidor, etc.

Transformação digital: a desmaterialização da empresa

Estes exemplos fornecem uma parte do que a transformação digital significa para as empresas. A tecnologia digital já não afeta apenas a forma como os produtos ou serviços são comercializados, mas a atividade profissional como um todo.

Transformação Digital, do que estamos a falar exatamente?

Simplificando: a transformação digital das empresas reside na digitalização da sua atividade. Não apenas a "digitalização" dos canais comerciais, marketing e comunicação. Para o qual a transformação digital é muitas vezes reduzida.

Primeiro, a transformação digital não é um fenómeno novo: a computação empresarial foi o primeiro passo. Em seguida, os primeiros sites comerciais (anos 90) ofereceram o aspeto mais visível aos consumidores. Neste sentido, a Amazon situa-se na liderança desta transformação. Até ao início deste século, a economia tradicional e a economia digital ainda poderiam coexistir. O campo digital vai colocar à prova a economia tradicional, uma vez que hoje é impossível fazer nascer uma empresa que não seja já digital.

Transformar empresas do “século passado”

Se o assunto da transformação digital também é frequentemente abordado nos dias de hoje, é porque todos estão conscientes de que computadores, redes, software, algoritmos e dados irão transformar definitivamente o mundo que as pessoas conhecem, sobretudo aqueles que designamos de “pré-digitais” ou “migrantes digitais”- em outras palavras a geração “boomers” e “Xs”. Porque o conceito de transformação digital é dirigido a eles em primeiro lugar. As seguintes gerações, os "nativos digitais", não precisam de ser convencidos.

Quando falamos em gerações, não nos limitamos aos seres humanos, mas as próprias empresas são geracionais. São as empresas nascidas antes dos anos 90, assentes em premissas ligadas ao offline, que precisam de realizar esta viagem para o digital e reinventarem-se na realidade digital atual.

Em termos comparativos, as empresas de sucesso tradicionais prosperam numa cultura digital omnipresente, onde são desenvolvidas novas formas de progresso (criação dinâmica), criação e organização (métodos ágeis), com uma nova visão de trabalho (gestão colaborativa). É claro que são inspirados para se adaptarem ao mundo digital.

As empresas não têm escolha. Devem adaptar-se a uma nova economia conectada e avançar para um ambiente em mudança. Para avançar, recomendo a formação Cegoc para executivos: transformação digital das empresa.

Transformação digital: modelo comercial, experiência do cliente, organização

A transformação digital não é "a" digitalização da empresa ... A transformação digital consiste em mudar a atividade comercial - num mundo digital conectado - em torno de três eixos fundamentais:

  • Modelo comercial
  • Experiência do Cliente
  • Organização

Rever o modelo de negócio

Para a empresa, a transformação digital está presente na maioria das áreas estratégicas. Começando com o modelo de negócio. A questão fundamental colocada pela transformação digital para empresas "pré-digitais", é como gerar receita e margem, num mundo digital. Se as empresas continuarem a manter uma atividade baseada e sustentada num modelo de negócio organizacional que data do século passado, a consequência é que a empresa deixe de ser lucrativa.

Quem evocou a "transformação digital" para as novas empresas? Ninguém, obviamente. A não ser estes jovens nativamente, digitais. Eles nascem, vivem e pensam "Digital” em primeiro lugar e atuam , como e quando, com base numa atividade totalmente focada em canais digitais. Uma vez que adaptam e modificam a sua organização em tempo real ou quase. Ajustam constantemente a sua oferta, aprendendo com os comportamentos dos seus clientes.

Ajustar face a experiência do cliente

Personalize os conteúdos para criar experiências relevantes, implemente uma sequência lógica de todos os canais. A experiência do cliente é a segunda alavanca da transformação digital. Uma experiência para satisfazer aquilo que passa primeiro por um conhecimento mais profundo do cliente, executado de forma acentuada graças ao digital (rastreabilidade, localização geográfica, ...).

A recolha e análise de dados são elementos fundamentais deste conhecimento que temos de ter do nosso cliente. Um ponto de partida decisivo para melhorar a experiência do produto, da marca e do relacionamento que a empresa possui com o consumidor. As ferramentas de "web-analytics" e "big data" como o processamento, muitas vezes "não estruturados" tornam-se aqui as chaves do marketing digital.

Cada vez mais o marketing personalizado vai garantir que a “viagem” do cliente seja tão fluída quanto possível. Paralelamente, este conhecimento do cliente também deve levar em consideração os diferentes "pontos de contacto" do consumidor com a marca, produto ou serviço. O desafio do marketing digital é fornecer um dispositivo de canal cruzado para este cliente digital.

Repensar a organização

A reflexão sobre a transformação digital deve primeiro concentrar-se na análise preliminar da maturidade digital, examinando-a ponto por ponto. Integrar a tecnologia digital em todas as dimensões e serviços da empresa é a preocupação essencial que deve orientar os líderes. O conjunto é orientado por uma visão geral, muitas vezes realizada nas empresas pelo diretor digital (CDO) cuja função consistirá principalmente na elaboração e aplicação da estratégia digital global; acompanhar gestores e equipas. É importante definir indicadores de desempenho chave e implementar um plano de medição. O seu papel no comité de gestão também é avaliar o impacto digital na empresa e as questões fundamentais que o compõem:

  • O que se vende: produtos ou serviços (do livro em papel ao livro digital, ou formação em sala para formação e-learning, por exemplo);
  • Como se vende: plataformas comerciais, redes sociais, telemóveis;
  • Como é fornecido: mercados digitais, crowdsourcing;
  • Como se produz: As impressões 3D estão a revolucionar a indústria e logo as biotecnologias;
  • A quem se vende: o comportamento de compra mudou, Research On-line, Purchase Offline, o click-and-collect (o cliente compra na internet, e recupera o produto na loja) ou mesmo o drive-to-store (atrair o cliente para uma loja a partir dos dados de localização geográfica do seu telemóvel);
  • Como se organiza e se faz a gestão: local de trabalho digital, gestão colaborativa, redes sociais corporativas;
  •  Entre outros.

Porque é que a transformação digital é tão assustadora?

A transformação digital é basicamente um processo que as empresas já conhecem e que começou com as Tecnologias de Informação. A desmaterialização de dados e o processamento de informações. Todas as empresas fizeram a sua transformação digital há muito tempo.

Felizmente. Desmaterializando os documentos (automatização de escritório, intranet); estruturando os seus dados (SGBD – Sistema de Gestão de Base de Dados) e organizando fluxos de trabalho. Mas algo faz com que as empresas "tradicionais" sintam que estão no fim da linha. E é certamente a oposição de seu antigo modelo, em declínio, face às empresas digitais, especialmente os "jogadores puros", 100% digitais, cujo sucesso pode ser impressionante e tornar-se ultra dominante, como GAFA famoso (Google, Apple, Facebook, Amazon). Tais sucessos eram inimagináveis num mundo "não digital".

Pense «Digital Primeiro»

O que assusta é que os modelos económicos são perturbadores. E não evolutivos. O que é assustador é que as empresas compreendem, dolorosamente, que os modelos que funcionam hoje são radicalmente diferentes dos anteriores. E, para ser transformado, teremos que fazer uma “limpeza” face o passado. E nem todas as empresas estão preparadas para isto. Na melhor das hipóteses, aqueles que mantêm o seu modelo passado, devem adaptar-se.

Mas a chave real para uma transformação digital bem-sucedida é primeiro transformar mentes, comportamentos e práticas; mudar a mentalidade da empresa. A chave para a transformação bem-sucedida é pensar: "primeiro digital".


Autor:Philippe Gerard


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