Como identificar e contornar objeções no processo de vendas?

Cátia SilvaHead of Open Courses Business at CEGOC

Em todos os processos de venda existem objeções. Veja quais sãoas objeções mais comuns e como contorná-las.

 

A evolução do processo de venda de produtos e serviços é sempre um tema em desenvolvimento e que requer um acompanhamento muito próximo. No modelo tradicional, anterior à popularização da internet, as equipas comerciais detinham todas as informações sobre produtos e serviços. A venda, em grande parte, era feita cara a cara, possibilitando que as objeções fossem facilmente rebatidas no processo.

Com o acesso à informação, os consumidores pesquisam, comparam e entendem muito sobre o produto ou serviço antes de chegar ao momento da compra, principalmente se estivermos a falar de uma vertente comercial B2B. Como tal, hoje, este processo é mais propício a gerar objeções na cabeça de quem pesquisa uma solução, o que pode dificultar o processo de vendas da equipa comercial, principalmente se o produto for complexo.

 

Em todos os processos de venda existem objeções...

Em todos os processos de venda existem objeções e o primeiro passo é encará-las como uma oportunidade de mostrar o valor da sua solução, aguçando a necessidade do prospect. Na prática, as objeções aparecem como que uma reação automática e, muitas vezes instantânea, dos prospects que ainda não conseguiram perceber o valor de utilizar o seu produto ou serviço ou que ainda não estão no momento ideal para efetivar a compra.

Se sabemos que as objeções vão surgir naturalmente durante a venda, então nada melhor do que estruturar um processo de vendas capaz de investigar, validar e contornar ao máximo que estas sejam mais fortes do que as mais valias do seu produto ou serviço.

Um processo de investigação bem-feito e uma solução bem desenhada reduzem as objeções durante o processo, sobretudo na sua fase final. Logo, durante o processo de vendas entregue valor ao cliente!

 

Quais as objeções mais comuns?

  • PREÇO

“Obrigado, mas não tenho interesse, o seu produto é muito caro.”

Se a venda for pautada pelo preço é fundamental saber que soluções o cliente está a comparar, para poder evidenciar as mais valias da sua solução face à concorrência. Se já chegou ao limite do desconto, é essencial mudar o eixo da negociação na oferta de serviços como prazo ou garantias.

 

  • VANTAGENS

“Porquê que o seu produto/serviço é melhor?”

Durante a venda destaque as vantagens do seu produto/serviço. Conheça bem a concorrência, faça uma tabela com as principais vantagens e benefícios da sua solução quando comparada com outras existentes no mercado.

 

  • TEMPO

“Vamos adiar esta compra para daqui a dois meses.”

Diferentes fatores podem tornar o tempo de tomada de decisão relativamente à compra demasiado longo. Em primeiro lugar, conheça todos os envolvidos no processo de compra dado que pode estar a falar com um interlocutor com pouco poder de influência. Feito isto, diversifique as interações com os colaboradores da empresa cliente e demonstre a sua disponibilidade para esclarecimento de dúvidas.

 

  • CLIENTE INDECISO

“Ainda não estou convencido.”

Muitas vendas não são concluídas pela indecisão do cliente, que pode ter dúvidas sobre a necessidade da compra ou mesmo sobre o seu produto. Nestes casos é necessário identificar o porquê da dúvida, enviar conteúdos didáticos como e-books, vídeos, webinar, ou promover ações presenciais: demonstração do produto/serviço, enfim, ajudar o cliente a tomar a decisão.

 

  • PEDIDO DE INFORMAÇÃO

“Poderia fazer-me chegar mais informações?”

Há clientes que adoram pedir mais e mais informações! Defina um limite e questione o cliente sobre que tipo de dados realmente precisa para tomar a decisão para, desta forma, ser mais assertivo na resposta.

 

  • NECESSIDADE DO CLIENTE

“Não preciso deste produto/serviço para a minha empresa.”

Se procedeu à tarefa de qualificar o cliente e se no momento de apresentar a sua oferta, simplesmente, o cliente lhe diz que não precisa do seu produto, então, é chegado o momento de repensar a sua abordagem. Para este cliente é preciso apresentar “cases studies”, histórias reais, de como é que o produto ou serviço ajudou outras empresas similares a resolver problemas e obter melhores resultados.

 

  • CLIENTE FIEL

“Gosto do fornecedor atual, não pretendo mudar.”

O ideal é quando o cliente é fiel, certo? Desde que seja fiel à sua empresa e não ao seu concorrente. Este é o mais difícil de conquistar! Com este prospect é preciso iniciar uma relação que gere confiança, para que a oportunidade da troca de fornecedor de serviço seja concretizada. Uma sugestão é entregar versões experimentais gratuitas do seu produto ou serviço e, a partir deste momento, encetar um diálogo de relação. Durante o período de experimentação acompanhe o cliente, garanta que a experiência está a ser positiva, ofereça todos os conteúdos didáticos para ensiná-lo a tirar as maiores vantagens do serviço/produto.

 

Uma objeção não é o fim. Na verdade, ela pode ser o início de uma conversa sincera em que ambas as partes colocam as suas expectativas sobre a mesa. Ouvir a objeção do cliente é a melhor maneira de alinhar necessidades e demonstrar ao cliente que ele terá o melhor serviço face ao valor de compra.

 

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Escrito por

Cátia Silva

Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações pelo ISCTE. Mestrado em Direção Comercial e Marketing pelo “Instituto Universitario de Posgrado” em Espanha.MBA Executivo em Gestão de Recursos Humanos pela Escola de Gestão & Negócios – Universidade Autónoma de Lisboa. Professional Diploma in Marketing Digital, pelo Digital Marketing Institute.

Practitioner em Programação Neuro Linguística pela “The Northern School of NLP & Associated Studies” no Reino Unido. Responsável pela Formação Inter Empresas CEGOC no seu todo e pela oferta específica na área de Vendas & Negociação Comercial tem, também, experiência na Gestão de Carteira de Clientes e na Gestão de Projetos de Intervenção/Formação.

Responsável pela condução de ações de formação em diversas geografias (Europa, América Latina e África), através de distintas modalidades (formação presencial, 100% digital, blended e outdoor).

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